Poucas construções em Maringá, e talvez no Paraná, representam tão fielmente a arquitetura
japonesa como o Templo Budista Jodoshu Nippakuji inaugurado em 29 de maio de 1983. O Templo possui
dois pavimentos, totalizando 688m², tem o altar construído em peroba, trabalhada manualmente com a
utilização de uma técnica tradicional de encaixe, sem o uso de pregos ou parafusos. Em seu interior
tem uma imagem de Buda Amida, conhecido como "Buda da Luz e Vidas Infinitas", e um columbário
(ossário de cinzas) em devoção aos seus ancestrais.
No jardim externo, um campanário abriga um objeto relativamente raro em construções religiosas: um
sino com 900 quilos, trazido do Japão, que é tocado antes das celebrações e sua badalada anuncia a
passagem do ano.
O Templo tem como finalidade três segmentos:
Religioso - Divulgação do Namu-Ami-da-Butsu; filantrópica;
Assistencial - Principalmente aos idosos, carentes e excepcionais, com abrigo para idosos japoneses;
Cultural - Colaborar no aprimoramento cultural do povo, abrangendo desde o Jardim da Infância até o
nível superior.
BUDISTAS
Não são apenas os cristãos que utilizam sinos em suas celebrações, os budistas também. No templo
budista Jodoshu Nippakuji o sino foi inaugurado em maio de 1983, mesma época da inauguração do
templo. Ele fica em uma cobertura de estilo tradicional japonês localizado na entrada do templo e
tem um pavimento vazio exatamente abaixo do sino para fazer eco.
Possui desenhos de pássaros e é segurado por um suporte na forma de um dragão. O dragão simboliza
proteção aos males dos espíritos e os pássaros são mitológicos que, pela tradição, demonstram o
desejo dos budistas de irem para um lugar melhor, cheio de pássaros e de pessoas de espírito
elevado. No sino está escrito o nome de Buda, diz que é um memorial da inauguração do templo, diz o
nome de quem o fez, a família Yadoya e é dedicado aos ancestrais e aos imigrantes pioneiros.
"O som do sino traz uma lembrança que se deve viver direito. Era um cumprimento e uma oração pela
manhã, dizendo que vai empenhar-se e, a tarde, agradecer por nada de ruim ter acontecido".
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