É um município brasileiro do norte do estado do Paraná, sendo uma cidade média-grande planejada e de
urbanização recente. É a terceira maior do estado e a sétima da região sul do Brasil em relação a sua
população, destacando-se pela qualidade de vida oferecida a seus moradores e por ser um importante
entroncamento rodoviário regional. É considerada uma das cidades mais arborizadas e limpas do país.
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Sua população, conforme o Censo de 2022, era de 409 657 habitantes, e sua Região Metropolitana com mais de
800 000 habitantes (dados IBGE/2020). Planejada pela empresa Companhia de Melhoramentos Norte do Paraná, em
10 de maio de 1947, Maringá foi uma vila e depois, distrito do município de Mandaguari, sendo elevada à
categoria de município pela Lei nº 790, de 14 de fevereiro de 1951, desmembrando-se daquele município.
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Com traçado urbanístico inicialmente planejado e modernista, pelo urbanista Jorge Macedo Vieira, seguindo o
princípio de Ebenezer Howard de cidade-jardim, sofreu crescimento acelerado nas décadas seguintes. Ainda
assim, o município mantém índices de qualidade de vida elevados, preservando no perímetro urbano grandes
áreas de mata nativa como o Horto Florestal, o Parque dos Pioneiros (bosque II) e o Parque do Ingá, sendo
este último aberto ao público. Inclui ainda fragmentos menores como o Parque do Cinquentenário, ou áreas
particulares e uma grande rede de áreas de conservação de fundos de vale. >
Etimologia>
Segundo a Nova História da MPB - Volume 22, o nome do município deu-se porque os operários cantavam a música
Maringá, Maringá (de Joubert de Carvalho) noite e dia, durante seus trabalhos. Fato é que, na placa da Rua
Joubert de Carvalho, está escrito: "Compositor da música que deu o nome à cidade".>
História>
Fundação>
O município tem origem com a colonização do norte do Paraná, que teve início no fim do século XIX. A região,
que era predominantemente ocupada por florestas de mata atlântica, atraiu a atenção de produtores rurais
paulistas e mineiros devido à presença da "terra roxa", do italiano, terra rossa (vermelha), originada da
decomposição do basalto e extremamente fértil. O principal interesse dos fazendeiros era a aumentar a área
de produção de café. Para solucionar os problemas de logística da região, um grupo de fazendeiros da região,
liderados pelo paulista Antonio Barbosa Ferraz, promoveu a construção de uma estrada de ferro ligando a
cidade paranaense Cambará, no “norte velho”, a Ourinhos, no interior de São Paulo. >
Em 1923, uma comitiva liderada por Edwin Samuel Montagu, ex-secretário de finanças do tesouro do Reino
Unido, veio ao Brasil para negociar uma dívida que o país possuía junto a credores britânicos. Entre os
membros da comitiva estava Simon Joseph Fraser, o 16º Lorde Lovat da Escócia, que viajou para procurar
terras férteis para cultivar algodão para a indústria têxtil britânica. Lorde Lovat visitou propriedades do
interior paulista e, seguindo a trilha das fazendas de café, chegou ao norte do Paraná. >
Colonização>
A fertilidade da terra roxa que atraíram paulistas e mineiros à região alguns anos antes também agradou o
britânico, que decidiu investir na plantação de algodão na região e fundou a empresa Brazil Plantation
Sindicate, empresa responsável pelo gerenciamento de suas propriedades em terras brasileiras, que mais tarde
foi absorvida pela Companhia de Terras Norte do Paraná, que planejou a colonização da região com a formação
de quatro núcleos urbanos, que teriam aproximadamente 100 km de distância uns dos outros: Londrina, Maringá,
Cianorte e Umuarama. Essas cidades seriam os grandes centros prestadores de serviços da região, sendo
interligadas por uma única ferrovia. Entre essas cidades, a cada 15 km aproximadamente, deveriam surgir
cidades menores, que teriam a função de ser um ponto de apoio para as propriedades rurais da região,
abastecendo-as com produtos de necessidade básica que não eram produzidos no campo, como sal, produtos de
higiene pessoal, querosene, roupas, entre outros. >
A divisão dos lotes promovida pela Companhia de Terras Norte do Paraná foi planejada para aproveitar o
máximo possível os recursos naturais e logísticos da região. Todas as propriedades deveriam fazer divisa com
uma corrente d’água ao fundo, aproveitando os fartos recursos hídricos locais; e com uma estrada de rodagem
à frente, para facilitar o escoamento da produção. O primeiro lote de Maringá, de numeração 1/A, foi
adquirido pelo padre alemão Emílio Clemente Scherer, que chegou ao país em 1938, fugindo do nazismo. O padre
Scherer é considerado o primeiro pioneiro desbravador de Maringá. A propriedade que ele adquiriu, foi
batizada de Fazenda São Bonifácio. Foi nesta propriedade que, a 12 de fevereiro de 1940, surgiu a primeira
igreja do município, a Igreja São Bonifácio, construída com madeira retirada de árvores cortadas na própria
fazenda. Em 1942, surgiu também um pequeno povoado que servia como ponto de apoio aos desbravadores que já
começavam a trabalhar nas propriedades rurais locais, o chamado "Maringá Velho". Já a Capela Santa Cruz foi
o primeiro templo religioso na zona urbana, sendo construída em madeira em 1945. Preservada, encontram-se no
seu interior quadros e imagens sacras, algumas vindas da Espanha. >
Planejamento urbanístico>
O projeto da cidade de Maringá é datado de 1943 e assinado pelo urbanista paulista Jorge de Macedo Vieira,
adepto do conceito de "Cidade Jardim" elaborado pelo britânico Ebenezer Howard e responsável pelo projeto de
vários bairros de São Paulo. O traçado do município foi desenhado com largas avenidas, canteiros que
valorizavam o paisagismo e ruas que seguiam a inclinação natural do relevo o mais fielmente possível. O
planejamento contemplava também a divisão da cidade por zonas, de acordo com a função. A região central
concentraria o centro cívico, a Zona 1 seria destinada ao comércio e à prestação de serviços, as Zonas 2, 4
e 5 seriam residenciais, enquanto as Zonas 3, 6 e 7 seriam zonas residenciais operárias, e assim por diante.
A cidade foi planejada para comportar até 200 mil habitantes. >
A fundação oficial de Maringá e data em que a cidade comemora seu aniversário é 10 de maio de 1947, quando a
Companhia de Terras Norte do Paraná (que foi adquirida por investidores brasileiros nos anos 1940 e foi
rebatizada como Companhia Melhoramentos Norte do Paraná em 1951) abriu um escritório na cidade. >
Geografia>
Poucos rios cercam o município, que tem como principal meio de abastecimento de água o rio Pirapó. A
captação de água superficial realizada no rio Pirapó corresponde a 88% da água distribuída, sendo os outros
12% provenientes de cinco poços profundos. Até abril de 2010 a cidade possuía 102.162 ligações de água. Seu
território encontra-se entre o interflúvio dos rios Pirapó e Ivaí. >
O município tem uma área total de 473.064.190 m², sendo 128.260.000 m² de área urbana e 340.864.260 m² de
área rural. O solo da região é do latossolo roxo-distrófico. >
A Região Metropolitana de Maringá foi instituída pela lei complementar estadual 83, de 1998, e compreende os
municípios de Ângulo, Iguaraçu, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Maringá, Paiçandu e Sarandi. Em 2005, com
a inclusão de Astorga, Doutor Camargo, Itambé, Ivatuba e Presidente Castelo Branco, a população da Região
Metropolitana de Maringá passou a ser estimada em 576 581 habitantes (IBGE/2005), atingindo o mínimo
necessário para se enquadrar como área de região metropolitana. Com os catorze municípios, possui uma a área
territorial de 3.187,7 km². A lei foi aprovada no Palácio Iguaçu pelo governador Roberto Requião, que
convidou o ex-prefeito da cidade de Maringá, João Ivo Caleffi para coordenar a região Metropolitana.
>
Vegetação>
A cidade, planejada desde o seu nascimento, oferece uma flora invejável. O ano todo é possível observar as
suas ruas arborizadas que produz um ar bom de se respirar, mas especialmente na passagem do inverno para a
primavera, muitas árvores explodem em flores. Maringá é considerada uma das cidades mais verdes do Brasil.
Maringá possui uma das mais altas taxas de concentração de área verde 26,65 m² por habitante, são 90
alqueires de mata nativa em 17 bosques. Dentre as árvores que mais caracterizam o perfil do município, estão
os Ipês (Tabebuia) que florescem principalmente nas cores: Ipê-amarelo|Amarelo, Rosa (Tabebuia palmeri Rose
[Contr. U.S. Natl. Herb. 1:109, t. 11. 1891],Roxo e Branco. >
Tão evidente é a paixão pela árvore que existe um concurso anual de fotografia, capitaneado pela
Universidade Estadual de Maringá, que certifica as melhores fotos de ipês. - Acácias, Quaresmeiras,
Paineiras, Ipê Roxo, Ipê Amarelo, Pata-de–Vaca, Flamboyant, Jacarandá-mimoso, Tamareira do Oriente, Acácia
Imperial, Palmeira Imperial, Sibipirunas e outras,foram utilizadas no projeto paisagístico. >
Poluição ambiental>
Mesmo com os problemas normais dos centros urbanos, Maringá preserva a fama de cidade verde, ecologicamente
bem cuidada. Sua origem teve planejamento, projeto urbanístico – reservas florestais, canteiro central,
avenidas largas, diversas espécies de árvores que segue um Plano Diretor. A cidade tem uma das maiores
frotas de veículos do Paraná e também é um importante entroncamento rodoviário. Por conta disso, alguns
pontos da cidade apresentam índices de poluição sonora e atmosférica mais evidentes. Duas regiões problemas
são as avenidas Duque de Caxias e a Colombo. >
Clima>
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas>
registrados em Maringá por meses (INMET) >
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data>
Janeiro 137,7 mm 12/01/2016 Julho 89,1 mm 16/07/1978>
Fevereiro 101,2 mm 18/02/1993 Agosto 99,3 mm 04/08/2018
Março 127,2 mm 12/03/2011 Setembro 110,6 mm 16/09/2006
Abril 132,9 mm 05/04/1961 Outubro 102,7 mm 10/10/2015
Maio 94,4 mm 07/05/1999 Novembro 104,8 mm 06/11/1987
Período: 01/01/1961 a 30/05/1961, 01/11/1963 a 30/04/1971 e 01/09/1975-presente>
Com a atualização climática do período 1981-2010, Maringá deixou de ter clima subtropical úmido (Cfa, de
acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger) e passou a ter um clima tropical de monção (Am,
segundo a tabela citada, devido ao fato de a temperatura média do mês mais frio ter se tornado superior a 18
°C, com o mês menos chuvoso com média de pluviosidade inferior a 60 mm).
Por estar situada no Hemisfério Sul, no ponto de afunilamento do extremo sul brasileiro e cortada pela linha
do Trópico de Capricórnio, a região de Maringá sofre influência de vários fatores macroclimáticos que
originam: migração das massas de ar da zona atlântica, equatorial, tropical e depressão baixa nos meses de
verão. No inverno, quando as infiltrações de massa de ar frio da frente polar são comuns, as geadas ocorrem
de duas a três vezes por ano. A cidade é marcada pela geada negra que dizimou a agricultura em 1975.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes a 1961 (janeiro a maio) e aos
períodos de novembro de 1963 a abril de 1971 e a partir de setembro de 1975, a menor temperatura registrada
na estação climatológica principal de Maringá ocorreu em 21 de julho de 1981, com mínima de −1 °C em 21 de
julho de 1981. Temperaturas negativas também ocorreram nos dias 26 de agosto de 1984 e 26 de junho de 1994,
ambos com mínimas de −0,2 °C. A máxima absoluta, por sua vez, atingiu 40,4 °C em 6 de outubro de 2020. O
maior acumulado de precipitação em 24 horas alcançou 151,5 mm em 5 de junho de 1993, seguido por 142,6 mm em
20 de junho de 2012 e 137,7 mm em 12 de janeiro de 2016. Desde novembro de 2006, quando o INMET instalou uma
estação automática no município, o menor índice de umidade relativa do ar (URA) foi de 10% na tarde do dia
13 de setembro de 2010 e a maior rajada de vento atingiu 24,5 m/s (88,2 km/h) em 22 de dezembro de 2010.
Demografia
Crescimento populacional
Censo Pop. %±
1950
38 588 —
1960
104 131 169,9%
1970
121 374 16,6%
1980
168 232 38,6%
1991
240 292 42,8%
2000
288 653 20,1%
2010
357 077 23,7%
2022
409 657 14,7%
Fonte: IBGE - Censo Demográfico
No censo demográfico de 2022 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população
do município era de 409 657 habitantes, apresentando uma densidade populacional de 841,16 hab./km², sendo o
3º município mais populoso do estado (atrás de Londrina e da capital paranaense) e o 63º do país.
Maringá possui uma taxa de alfabetização de 95,1%, enquanto sua taxa de urbanização é de 98,4%. O município
tinha uma população de 357.077 habitantes de acordo com o Censo 2010; desses 171.748 são homens e 185.369
são mulheres. Além disso, 349.120 são moradores da Zona Urbana e 7.997 moram na Zona Rural.
Composição étnica
A região de Maringá apresenta grande influência de imigrantes japoneses, devido ao grande número, estes,
formaram a ACEMA; Maringá também teve influência de imigrantes italianos e alemães, na qual os alemães
também se reuniram e formaram uma associação, a Associação Cultural Teuto-Brasileira. Depois outros grupos
de imigrantes foram chegando, como os portugueses, poloneses, espanhóis, ucranianos, árabes, judeus, entre
outros.
Segundo o Censo de 2010, a distribuição étnica da população residente em Maringá é composta por 253.161
brancos (70,90%), 78.662 pardos (22,03%), 12.999 amarelos (3,64%), 11.720 negros (3,28%), e 535 indígenas
(0,15%).
Religião
Maringá é um município com maioria católica, mas com muitas outras denominações religiosas, como batistas,
presbiterianos, metodistas, muçulmanos, budistas, espíritas, entre outros. Apesar dos católicos serem a
maioria, seu crescimento permanece estagnado, enquanto o número de evangélicos cresceu 2,41%, e o de pessoas
que não têm religião caiu 2,03%. A população local é composta por católicos (73,72%), evangélicos (21,15%),
além de muçulmanos, budistas, espíritas, ateus e outros (5,13%).
Segurança e criminalidade
Maringá foi considerada a cidade mais segura do Brasil, segundo dados do Ipea de 2005, com índice de
homicídio de 7,94 para cada 100 mil habitantes. Os índices de criminalidade dessa cidade foram comparáveis
aos de Amsterdã, a capital da Holanda. Em 2011, o município registrou 17,7 assassinatos para cada 100 mil
habitantes, quase o dobro do preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU): dez mortes. O município
conta com efetivo do Exército Brasileiro (Tiro-de-Guerra 05-009), das Polícias Militar (4º BPM), Civil (9ª
SDP), Federal, Rodoviária Federal, Rodoviária Estadual e da Guarda Municipal.
Política
De acordo com a Constituição de 1988, Maringá está localizada em uma república federativa presidencialista.
Foi inspirada no modelo estadunidense, no entanto, o sistema legal brasileiro segue a tradição
romano-germânica do Direito positivo. A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder
legislativo.
Até 2020, Maringá teve 17 mandatos no cargo de prefeito. O eleito nas eleições municipais no Brasil em 2020
para ocupar o cargo foi Ulisses Maia, na qual foi reeleito, do Partido Social Democrático (PSD). O poder
legislativo da cidade de Maringá é constituído pela Câmara Municipal), composta por 15 vereadores eleitos
para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição.
Cidades-irmãs
Maringá possui as seguintes cidades-irmãs:
• Brescia, Itália, 11 de janeiro de 1970;
• Kakogawa, Hyogo, Japão Lei 946/72 de 5 de outubro de 1972
• Leiria, Portugal Lei 1599/82 de 5 de novembro de 1982
• Gral. San Martin, Argentina Lei 3483/93 de 8 de novembro de 1993
• Caserta, Itália Lei 5096/00 de 12 de maio de 2000
• Heping, China 20 de setembro de 2009 (protocolo de irmandade)
Economia
Maringá destaca-se hoje pelo setor de comércio e prestação de serviços. A agricultura continua a ser
fundamental para Maringá, apesar de sua importância ter diminuído nos últimos anos. A atividade agrícola
diversificou-se, e além do café, hoje se plantam milho, trigo, algodão, rami, feijão, amendoim, arroz,
cana-de-açúcar, e principalmente, soja.
Dentro dos vários segmentos no setor industrial no município de Maringá, temos os de metalmecânica,
agroindústria, vestuário, prestação de serviços e turismo. O setor industrial não é tão expressivo como a
agricultura, mas vem crescendo. O município tem um parque crescente que lida com tecelagem e agroindústria,
mas principalmente confecções. Grandes indústrias, como Cocamar, Coca-Cola, Noma , Romagnole, entre outras,
fomentam a geração de empregos no município, e até de outras cidades da região. As indústrias metal mecânica
atendem todo o território nacional e exportam também para países da América Latina, uma gama muito grande de
produtos. Maringá é o polo da moda no sul do país, contando com o maior shopping atacadista da América
Latina, o Mercosul. Recentemente, Maringá também esta se destacando no mercado de software, contando com um
consolidado APL- Arranjo Produtivo Local no setor.
O Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (CODEM), atualmente em mudança para Conselho de
Desenvolvimento Econômico Metropolitano, é um órgão criado por Lei Municipal (4275/96, de 11 de Setembro de
1996), com caráter deliberativo e consultivo e com a finalidade de propor e fazer executar política de
desenvolvimento econômico. É constituído por entidades representativas dos diversos segmentos organizados da
sociedade. Sua estrutura conta com uma mesa Diretora, um Plenário e 11 Câmaras Técnicas Setoriais. Entre
suas funções, o CODEM tem a atribuição de gerir o FMD (Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico),
instituído pela Lei Municipal (4274/96, de 11 de Setembro de 1996). As atribuições do CODEM são exercidas em
parceria com entidade de sociedade civil e poder público, destacando-se a Prefeitura Municipal, a ACIM
(Associação Comercial e Industrial de Maringá), o IDR (Instituto para o Desenvolvimento Regional) e a FIEP
(Federação das Indústrias do Estado do Paraná). Essa parceria reflete o grande lema do CODEM que é:
"Comunidade e Governo, juntos determinando nosso futuro".
Setor terciário
Maringá conta com cinco grandes centros comerciais: Shopping Avenida Center, Shopping Cidade, Mandacaru
Boulevard, Shopping Maringá Park (antigo Aspen Park Shopping Center) e Shopping Catuaí Maringá. Sendo este o
segundo maior do interior do Paraná (atrás somente do Shopping Catuaí Londrina).
A vocação comercial de Maringá pode ser comprovada pelo dinamismo e pela variedade de artigos oferecidos
pelas empresas dos setores de saúde, produtos alimentícios, farmacêuticos, vestuários, eletrodomésticos,
ferragens, livrarias, restaurantes, lanchonetes. E, por ser um polo atacadista, os preços dos produtos
também são competitivos. Estes fatores reunidos atraem consumidores de várias regiões do Paraná, do sudoeste
de São Paulo e de algumas cidades do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
As empresas de Maringá atuam em pelo menos sete segmentos do mercado atacadista: alimentos, armarinhos e
miudezas, papéis, vidros, tecidos, madeira, auto peças e eletrodomésticos. Isso sem contar as inúmeras
indústrias de confecções, que basicamente comercializam a produção no atacado. Maringá também é um
importante polo microrregional na prestação de serviços na saúde, contando com vários hospitais públicos e
privados, entre eles: Hospital Universitário - HU da Universidade Estadual de Maringá, Hospital Municipal
HMM - Emergência Psiquiátrica, Santa Casa de Misericórdia, Hospital Psiquiátrico de Maringá HPM, Hospital
Santa Rita, Hospital Maringá e Hospital Paraná, e outros.
O município abriga o Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, entidade de caráter independente e sem
fins lucrativos, cujo objetivo é desenvolver a economia regional através do incentivo ao turismo de eventos.
Implantado e mantido pelas iniciativas públicas e privadas ligadas ao setor de turismo e eventos, é
responsável pelo desenvolvimento planejado do mesmo, incluindo efetivamente a localidade no circuito
turístico nacional e internacional.
Subdivisões
Maringá está subdividida em zonas fiscais, começando pela Zona 01 (onde fica localizado o Centro Financeiro
da cidade) e terminando na Zona 53, além de bairros, loteamentos e dois distritos (Floriano e Iguatemi). As
zonas fiscais tem função meramente administrativa, sendo que apenas as dez primeiras zonas são consideradas
também bairros e a maioria está localizada na região central da cidade.
Infraestrutura
Urbanismo
Maringá é um modelo de cidade-jardim, projetada pelo urbanista Jorge Macedo de Viera; o seu traçado viário e
intensa arborização das ruas asseguram uma peculiar paisagem para a cidade. É a 2ª cidade com melhor
saneamento básico do Brasil. Possui 95% de cobertura de esgoto e 100% do esgoto é tratado.
Transportes
A cidade de Maringá possui um trânsito moderado para uma cidade da sua estrutura, principalmente ao meio-dia
e no fim de tarde, horários em que o comercio e a maioria das estabelecimentos comerciais e industriais
fecham as portas. Atualmente a bicicleta representa 6% dos deslocamentos na cidade, o dobro da média
nacional, sendo que Maringá possui 41 quilômetros de ciclovias. A cidade também conta com um Terminal
Intermodal. Localizado no centro da cidade, é ponto principal do transporte coletivo da cidade. Atualmente
funciona apenas como terminal de ônibus, mas futuramente terá uma estação ferroviária em seu subsolo para
ligar Maringá a cidades da região, através do chamado "Trem pé-vermelho".
O sistema de transporte de Maringá atualmente é executado apenas por uma empresa, a Transporte Coletivo
Cidade Canção, empresa do Grupo Comporte, a qual atua por meio de liminar da justiça e sem a devida
licitação, ferindo a Constituição de 1988 e a Lei Federal de Licitações 8.666/93. Todo o sistema é operado
de forma radial, ou seja, as linhas têm como destino final o centro da cidade (Terminal Urbano Municipal),
havendo até então apenas três linhas que ligam os bairros diretamente.
Maringá possui um aeroporto para voos domésticos; Aeroporto de Maringá, controlado pelos Terminais Aéreos de
Maringá - SBMG S.A. e o Terminal de Cargas Internacional (Teca). O aeroporto opera com voos das empresas Gol
Linhas Aéreas, Azul Linhas Aéreas e LATAM Airlines; até meados da década de 2010 operou vôos de empresas
internacionais de cargas como LAN Cargo, ABSA Cargo Airline, Florida West Cargo, Tampa Cargo, que faziam as
rotas Maringá - Miami; Campinas; Santiago do Chile e também as empresas nacionais de cargas como a Varig
Log, a Gol Log e a Azul Cargo, que faziam rotas brasileiras e internacionais. O movimento no aeroporto no
ano de 2010 foi de 497.979 passageiros, entre embarques e desembarques.. Maringá sofreu uma drástica redução
de vôos devido a pandemia de COVID-19 em 2020, reduzindo a operação a poucos horários e destinos por dia. Em
2021, a demanda se reestabeleceu, abrindo novos destinos e horários operando pelas três principais empresas
citadas anteriormente.
Por Maringá passam várias rodovias que interligam o estado do Paraná, e que também levam a outros países
(Paraguai e Argentina), e estados (Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul). As diversas rodovias que
passam por Maringá é dada especial atenção para a PR-323, que está se tornando em uma verdadeira "rodovia da
morte". A rodovia estende-se por 210 kms entre as cidades de Maringá e Iporã, passando pelos municípios de
Paiçandu, Doutor Camargo, Cianorte, Tapejara, Cruzeiro do Oeste, Umuarama, Perobal e Cafezal do Sul, a
rodovia PR-323 possui pavimento asfáltico em pista simples e com movimento de veículos intenso, pesquisa
realizada em 2008 por uma organização independente, mostra que o movimento diário ultrapassa 30 mil
veículos, em decorrência do movimento inúmeros acidentes são registrados inclusive com mortes, sendo
necessário com urgência a sua duplicação. Entre outras importantes rodovias que passam pelo município está a
BR-376 e a PR-317.
Maringá é atravessada pela Linha Ourinhos-Cianorte da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e conta com o
terminal ferroviário da América Latina Logística (ALL), que detém sua concessão e faz o transporte de cargas
comerciais, ligando Maringá a vários estados do Brasil, como: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo,
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul; além de ligar o município a nove cidades da Argentina através da
ferrovia.
Educação
A média geral do ENEM 2008 EMR de colégios privados foi de 60,21 e a média geral do ENEM 2008 EMR de
colégios públicos foi de 49,07. Há uma instituição pública de ensino superior, a Universidade Estadual de
Maringá (UEM), uma das mais disputadas do estado. Sua sede e campus principal estão situados em Maringá. Em
2010, pelo terceiro ano consecutivo, foi considerada a melhor instituição de ensino superior do Paraná,
segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC. A UEM possui cursos de destaque em todo o âmbito nacional, os
quais atraem estudantes de todo o Brasil. O curso mais concorrido é o de Medicina, que em 2012 alcançou uma
concorrência de 365,6 candidatos por vaga no vestibular de inverno. O Campus Sede, com aproximadamente 100
hectares, fica no centro de Maringá, e tem uma população universitária estimada em mais de 18 mil pessoas,
sendo 10.046 alunos da graduação, 2.857 mil de pós-graduação, 1.700 de cursos livres, 1.296 professores e
2.414 servidores. A Universidade Estadual de Maringá é um dos principais centros de ensino universitário e
de pesquisa científica do estado. A UEM também tem vários campi regionais espalhados pelas seguintes cidades
do estado do Paraná: Umuarama, Cianorte, Goioerê, Cidade Gaúcha, Diamante do Norte e Porto Rico. Há setores
que defendem a federalização da entidade.
O município também conta com diversas instituições privadas de ensino superior, algumas das quais atuando em
outros níveis educacionais: Universidade Cesumar, Centro Universitário Ingá, PUC-Maringá, Centro
Universitário Internacional UNINTER, Faculdade Tecnológica América do Sul (Colégio Anglo Maringá), Unifamma,
Faculdade Maringá e Faculdade Cidade Verde (FCV), Faculdade Alvorada. Contando universidades públicas e
privadas, o município conta com mais de 45 mil universitários.
Cultura
Eventos e atrações
O maior festival de música do Sul, o Festival de Música Cidade Canção (Femucic), ocorre no município,
reunindo músicos de todo o Brasil. Semanalmente a Secretaria de Cultura disponibiliza concertos e
espetáculos de dança gratuitos em teatros locais, como o Teatro Barracão. Maringá conta também com dezoito
salas de cinema, sendo quatro delas em 3D, uma sala vip, duas Digital Max Screen (tela com 180 m² e som
espacial) e um dos maiores e mais modernos teatros do interior do estado do Paraná, o Teatro Calil Haddad,
além do teatro Marista. Todos os anos uma mostra de cinema, o Festival de Cinema de Maringá ocorre, reunindo
centenas de longas e curtas para exibição e premiação.
Ocorre a cada mês de maio, em comemoração às festividades do aniversário do município, uma feira
agroindustrial, a "Expoingá". a feira é responsável por trazer a Maringá o que há de novo no setor de
tecnologia e maquinário agroindustrial. Outro ponto forte da festa são os rodeios que figuram entre os mais
importantes do Brasil. Para completar, durante as noites dos 11 dias de festa são apresentados espetáculos
musicais com os principais artistas brasileiros. Segunda maior feira do Brasil, ficando atrás somente da
feira de Uberaba (MG), a Expozebu.
No mês de agosto ocorre em Maringá o Festival Nipo Brasileiro, que reúne toda a colônia oriental do
município, (3º maior concentração de descendentes japoneses no Brasil), na associação ACEMA, o festival tem
como objetivo apresentar a população à cultura japonesa muito difundida na região. Tem como principais
pontos turísticos: a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo
monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo com 124 metros de altura; o Parque do Ingá, com 47,3
hectares; o Parque das Grevíleas, com 44,6 hectares.
Esportes
Maringá conta com três clubes filiados na FPF, dois disputam a 1ª divisão do paranaense, o Maringá Futebol
Clube, que também disputa o Brasileirão Série D e o Galo Maringá. O terceiro, mais tradicional, conquistou 3
vezes o Campeonato Paranaense (1963, 1964 e 1977), é o Grêmio Maringá, que se encontra na segunda divisão
estadual. O Estádio Willie Davids é um marco no esporte maringaense, atualmente com capacidade para 23.000
torcedores. O estádio não é somente utilizado para o futebol, mas também para outras modalidades como o
atletismo. O estádio já chegou a ter capacidade para 35.000 torcedores, mas com a instalação de cadeiras e
melhorias no conforto, teve sua capacidade reduzida. Outros clubes maringaenses que estão extintos ou
licenciados são: Grêmio Esportivo Paranaense, Maringá Atlético Clube, Maringá Futebol Clube (anos 1990),
Noroeste Futebol Clube, ADAP/Galo Maringá e Maringá Iguatemi.
O Basquete da cidade de Maringá tem reconhecimento estadual como uma das melhores equipes da modalidade do
estado, o esporte é representado pelo Maringá Basquete. A equipe coleciona diversos títulos estaduais e
nacionais. Dentre as muitas conquistas da equipe é válido ressaltar a sequencia de vitórias se mantendo
invicto nos Jogos Abertos de 2003 a 2009 e também a participação na Nossa Liga de Basquete (NLB) com uma das
maiores médias de público do campeonato, registrando média de 3.000 torcedores/jogo. O handebol do município
tem grande expressão estadual e nacional, representado pela equipe Unimed/UEM/Maringá. Nos naipes masculino
e feminino, todas as categorias, sendo elas: infantil, cadete, juventude, juvenil, júnior, adulto e máster.
Tem como sua casa o Ginásio Chico Neto. A Associação Maringaense de Handebol, em parceria com a Unimed e
Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá, possui um projeto social com crianças
entre 9 e 12 anos, distribuído em 20 núcleos de treinamento, espalhados pela periferia e em alguns
municípios da Região Metropolitana de Maringá. Com o apoio da Unimed, a A.M.H. e o D.E.F., são fornecidos
para cada polo, os materiais esportivos, e também os acadêmicos responsáveis, necessários para a prática da
modalidade. Maringá possuí atletas na Seleção Brasileira em praticamente todas as categorias.
A cidade possui um time de futebol americano, o Maringá Pyros, que atualmente disputa o Campeonato
Paranaense de Futebol Americano e a Liga Nacional de Futebol Americano e treina na Universidade Estadual de
Maringá. No dia 9 de Setembro de 2008, após muitas reuniões, é fundada a Associação Atlética Rugby Maringá
(A.A.R.M.), contendo os fundadores: Anselmo Mendes, Guilherme Martins, João Galvão, Marcelo Gimenes
Valenzuela, Paulo Davantel, Lucas Vieira, Carlos Eduardo Alves, Gabriel Carolenske, Leonardo Castro e André
Bordin. Ainda no ano de 2008, já com a colaboração da Prefeitura Municipal de Maringá, a equipe maringaense
disputa um torneio na modalidade Rugby 7’s em Cascavel/PR – modalidade a ser disputada nos próximos jogos
pan-americanos em Guadalajara e nas olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro – contando, inclusive, com a
participação de dois times argentinos e chega ao quarto lugar, recebendo o troféu Fair Play e de melhor
jogador da competição pela brilhante atuação do atleta Gustavo Albuquerque. Em 2009 a associação toma mais
corpo e busca ainda mais apoio da Administração Pública Maringaense. Recomeça o Campeonato Paranaense de
Rubgy com a etapa em Guarapuava e, logo após, em Londrina. Mesmo com boas atuações a equipe não alcança boa
colocação. Eis que, na 3ª Etapa do Campeonato Paranaense de Rugby, em Curitiba, o Hawks Rugby Maringá chega
na segunda posição, vencendo os jogos contra as fortes equipes de Londrina e Guarapuava e perdendo para a
anfitriã Curitiba após uma disputadíssima partida. Com a realização da 4ª Etapa do Campeonato Paranaense de
Rugby no dia 27 de junho de 2009 em Maringá, estreitam-se os laços entre a Associação e a Administração
Pública, o que possibilita a instalação das traves no campo do Parque Alfredo Nyffeler (conhecido
popularmente por “buracão”) e, com isso, a criação do quarto campo oficial de rugby do país. Hoje a AARM
consta com aproximadamente 61 associados, sendo que quase todos são também atletas do Rugby. A AARM está
criando projetos para difundir o Rugby em Maringá e região, dentre estes projetos, existe um projeto social
para ensinar o Rugby a crianças e adolescentes carentes.
O futsal é atualmente é o esporte que mais se destaca na cidade. Com Ótimas campanhas no campeonato estadual
na chave ouro, a cidade é representada pelo Ciagym/Oppnus Maringá. A equipe nunca conquistou um titulo
expressivo, mas já chegou ao final do paranaense em 2008, perdendo à Equipe do Umuarama. Em 2012, o Oppnus
Maringá, disputou a Liga Futsal, mas não conseguiu passar da segunda fase. Em 2013, a equipe volta a
disputar a Super Liga. Jogos abertos do Paraná e brasileiros são os únicos títulos da equipe. O Futsal
maringaense já teve passagens de bons jogadores, como o caso de Vampeta, jogador que atualmente defende uma
equipe italiana e também já defendeu a seleção do pais europeu. Na ocasião, a cidade era representada pela
Associação Maringaense de Futsal, a Amafusa, que também disputou a Liga Nacional nos anos de 2003 e 2004. Em
2002 a Amafusa também ficou com o vice-campeonato, perdendo a final para a tradicional equipe do São Miguel
Futsal. Os títulos da Amafusa são os Jogos Abertos do Paraná e o Campeonato paranaense Chave prata no ano de
2001, equivalente a segunda divisão.
O Cesumar/Purity vôlei representou a cidade de Maringá na Superliga Brasileira de Voleibol Masculino em 2008
e a partir de 2013 a equipe Moda Maringá recolocou um time na principal competição de vólei do Brasil. O
Moda Maringá manda seus jogos no Ginásio Chico Neto. O beisebol é um esporte bastante forte em Maringá, a
cidade que possui um grande número de descendentes de japoneses tem bons jogadores e ainda há um clube em
que a prática deste esporte é muito comum, a ACEMA. O tênis também é muito praticado na cidade, há academias
somente para a prática do esporte, Academia de Tênis de Maringá (ATM), mas o tênis também é muito praticado
em clubes, como Clube Olímpico de Maringá, Country Club de Maringá, Clube Hípico de Maringá, etc.